sexta-feira, novembro 22, 2024
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Santa Casa repassa doação de cestas básicas para pacientes carentes da Unacon

Na última semana, o empresário Samuel Mosca, do estacionamento Sempre Vaga, que fica em frente da entrada do ambulatório da Santa Casa, fez a doação de 14 cestas básicas para o SOS Santa Casa. Essas cestas estão sendo repassadas para pacientes da Unacon em vulnerabilidade social.    

Uma das cestas foi entregue pela assistente social da Santa Casa, Maria José da Silva,  para a família da paciente Daniela de Cassia Videiro, que está internada na Ala E, a ala oncológica do Hospital.

A provedora da Santa Casa, Célia Maria de Souza,  que também é responsável pelo SOS Santa Casa, destaca a importância desse tipo de apoio aos pacientes da Unacon. “A gente tem muito que agradecer a todas as pessoas que lembram da Unacon. Nós estamos arrecadando essas cestas básicas, começamos esse trabalho em dezembro, pois vimos que tem pessoas que tomam o lanche aqui no Café Cacon, mas voltam para casa e não têm nada para se alimentar. O câncer é uma doença terrível e muitas vezes essas pessoas não têm nenhuma condição financeira. Então, junto com a assistência social, estamos fazendo essa campanha e repassando essas cestas básicas. São famílias inteiras, onde muitas vezes as pessoas não podem trabalhar com uma doença dessa. Dessa vez contamos com a grande ajuda do Samuel Mosca, do estacionamento Sempre Vaga, que, junto com seus amigos, nos ajudou com essa doação maravilhosa”, conta a provedora.  

Santa Casa realiza firma com a USP  

Na última semana, a enfermeira Neireana Florencio Vieira,  doutoranda no programa de pós-graduação de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto, esteve na Santa Casa para acertar os últimos detalhes de uma importante parceria entre o Hospital e o Programa de Pós-graduação em Enfermagem da USP. 

O título do projeto é “A Correlação entre a termorregulação e o óxido nítrico plasmático em Pacientes com Sepse e Choque Séptico” e acontecerá  junto com o Protocolo de Sepse que é um protocolo multiprofissional da instituição acompanhado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital, que monitora  pacientes que têm sepse e choque séptico.

Dentro do da Santa Casa, a parceria tem o suporte da  diretora assistencial, Josiane Celis, das enfermeiras da CCIH, Priscilla Ariana e Damiana Silva, juntamente com o médico infectologista Dr. Mário Krugner, que acreditaram na relevância do projeto e no benefício que essa parceria poderá contribuir na assistência de pacientes com sepse e choque séptico.

 “Essa parceria vai ser muito importante porque a Santa Casa está abrindo espaço para que a Universidade entre com o embasamento científico para que possamos entender realmente o que acontece na fisiologia da sepse. Assim, os pacientes que forem incluídos no Protocolo de Sepse da Santa Casa também serão incluídos no projeto da USP”, conta  a enfermeira Neireana, que dá mais detalhes do projeto. 

“Quando o paciente é incluído no Protocolo de Sepse é aí que o projeto entra nessa parceria, porque iremos coletar uma quantidade de sangue para fazer a dosagem do óxido nítrico plasmático e o lactato, correlacionando com a temperatura corporal e pressão arterial do paciente. Qual a finalidade disso? O óxido nítrico é uma citocina que exerce a função de relaxamento vascular, proteção do vaso sanguíneo e comprovado também que é o principal mediador citotóxico de células imunes efetoras ativadas durante o processo inflamatório que acontece na sepse. Quando o paciente entra em sepse acontece um processo inflamatório no organismo e aumento da produção dessa citocina. A preocupação é que quando ocorre aumento dessa citocina seja de forma constitutiva (e-NOS e e-Nos) ou induzível (i-Nos) por células imunes, pode aumentar a vasodilatação e a probabilidade de iniciar choque séptico. Então, o paciente que entra em sepse existe o risco de aumentar essa vasodilatação e ter uma hipotensão. Se a pressão cai, ele tem uma chance maior de entrar em choque séptico. Hoje a mortalidade por choque séptico é maior do que a sepse”, explica a enfermeira. 

“A pesquisa vai quantificar o óxido nítrico em pacientes com sepse e choque séptico, e correlacionar com a temperatura corporal e a pressão arterial. Em estudos recentes realizados em ratos no laboratório da USP, é evidenciado uma correlação negativa entre o óxido nítrico, temperatura e pressão arterial, ou seja, quanto maior o óxido nítrico menor a temperatura e pressão arterial. Nós vamos analisar como funciona a sepse fisiologicamente em seres humanos. Se existe essa correlação negativa e avaliar possíveis hipóteses para futuramente implementar os protocolos de sepse institucionais.  Então, o objetivo é analisar essa quantidade de óxido nítrico em paciente com sepse e choque séptico e correlacionar com a temperatura e a pressão arterial”, relata Neireana.   

“Hoje não olhamos com um olhar diferente para a hipotermia em pacientes com sepse. Entender as variações da temperatura corporal e sua relação com a concentração do óxido nítrico plasmático, será relevante aos enfermeiros de cuidados clínicos e intensivos, reconhecer precocemente os sinais e sintomas da sepse antes que ela progrida para o choque séptico, monitorando e avaliando principalmente os sinais vitais como prevenção no âmbito da sepse.  Isso é um ganho para a enfermagem”, completa a  doutoranda no programa de pós-graduação de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto.

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