O Projeto Curas, do Sul de Minas com célula em Poços de Caldas, está entre as ações finalistas da 36ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A iniciativa foi incluída no resultado preliminar das ações vencedoras e aguarda a classificação final, após o prazo de recursos, que será divulgada neste mês. O prêmio recebeu um total de 374 inscrições, das quais 286 propostas foram habilitadas para a etapa estadual. Após reuniões das 27 Comissões Estaduais, 121 ações foram classificadas para a etapa nacional, das quais foram indicadas pela Comissão Técnica as 30 finalistas. Na última fase de avaliação do concurso, a de Análise de Mérito, foram selecionadas as 15 ações vencedoras.
Conforme previsto no edital, a análise de mérito consistiu na valoração, tanto individual quanto comparativa, de aspectos relevantes das propostas concorrentes, com o intuito de determinar as vencedoras entre as ações finalistas, levando em consideração os critérios técnicos e observando a diversidade de naturezas jurídicas e perfis dos proponentes, áreas de atuação, locais de execução e portes das ações.
“Está sendo uma alegria chegar até a etapa final, representando Minas Gerais nesse processo! É uma grande nossa satisfação ter a trajetória do nosso trabalho reconhecida”, destaca Ana Maria de Paula.
Projeto Curas
O Projeto Curas é uma plataforma de registros que envolve processos de pesquisa, documentação e construção de acervos afetivos, familiares e artísticos. Os processos de criação são realizados no Sul de Minas Gerais desde 2019, incluindo cidades como Poços de Caldas, Machado, Alfenas, Cabo Verde, Caldas e Três Pontas e seus entornos vizinhos.
O projeto se estrutura a partir de produções artísticas e documentais compartilhadas, que são realizadas a partir das memórias e perspectivas pessoais dos envolvidos e envolvidas na concepção de cada iniciativa.
Com base nas experiências espirituais, construímos acervos entrelaçando saúde, fé, devoção e saberes passados de geração a geração.
O Projeto Curas trabalha a partir de uma perspectiva de reconstituição e circulação, expondo experiências e composições sociais que, em grande medida, não estão representadas nos acervos institucionais da região sul-mineira e que são diretamente afetadas por políticas de embranquecimento que não reconhecem a expressão das presenças afro-indígenas no território.
Equipe técnica de produção e edição:
Robson Américo de Paula Santos, Gabriela Acerbi Pereira, Debora Romano, Ana Maria de Paula, Maria Aparecida de Paula Aparecido, Benedito Aparecido e Lucas dos Santos.
Cocriadores e cocriadoras: o Projeto Curas é formado por uma extensa rede de cocriadoras e cocriadores intermitentes, que constroem e executam seus projetos a partir das ações e suporte da plataforma. Cada microprojeto ou iniciativa que a povoa apresenta uma equipe específica, que está referenciada em cada ação a partir de seus protagonistas executores e executoras.
Colaboradores e fomento: cada iniciativa da plataforma se sustenta a partir de editais específicos com projetos aprovados. Os recursos e suportes são provenientes de distintas formas de subsídio (públicos e privados), municipais, estaduais ou federais, conforme demandas, ofertas e aprovações em editais.