Com quatro faixas inéditas, trio sul mineiro canta sobre o abraço às contradições e se prepara para celebrar aniversário
A banda K2 lançou nesta segunda-feira, 31, o EP “Tem que ter Amor (mas também tem que ter luta)”, com quatro faixas inéditas, gravadas durante a pandemia e que marcam a entressafra do grupo, que no próximo ano chega aos 25 anos de carreira. O álbum poderá ser ouvido em todos os canais de streamings (spotify, deezer, apple music, amazon, tidal, etc)
De acordo com os músicos – Diego Ávila, Douglas Maiochi e Pedro Cezar, as quatro faixas apontam para sonoridades e caminhos inéditos dos já experimentados pela banda, usando o rock como linguagem principal para reforçar a mensagem de que o paradoxo pode ser interessante.
Colocando em destaque os aspectos de amor e luta que podem ser contraditórios e complementares, como as memórias afetivas, a amizade e a aliança entre primos – recheada de imagens sul mineiras, embaladas pela saudade e arranjos formatados durante muitos meses de trabalho.
“Quando caiu a ficha em relação aos impactos da pandemia em nossas vidas, o sentimento de solidão e dúvida bateu em cheio. Ninguém saiu ileso. Fizemos o máximo para respeitar e divulgar as medidas de prevenção contra o vírus. Nesse período, uma das nossas ações foi organizar algumas lives independentes para não perder o contato com o público e não deixar de fazer aquilo que nos mantém vivos: música”, contam.
As lives foram realizadas graças a financiamento coletivo, e um dos compromissos foi lançar uma música da K2 em parceria com a banda 2ºDP.
Um outro elemento narrativo na história de quase duas décadas e meia da banda, a capa do EP conta com a fusão de linguagens entre o multiartista Renan Moreira e a fotógrafa Tamiris Alves. Na fotografia, observa-se uma escola de 1918 na zona rural de Poços de Caldas e, aos lados, elementos como a Virgem das Barricadas, santa que surgiu no México durante o movimento conhecido como Comuna de Oaxaca ou Assembleia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), um conjunto de organizações sociais unidas depois de uma tentativa de repressão de professores em protesto, por parte do governo estatal da cidade de Oaxaca.
Na imagem, a Virgem das Barricadas traz em seu manto pneus queimando e máscaras de gás, refletindo bem a necessidade de luta e proteção e um lambe-lambe com o nome do disco.
“Buscamos uma representação visual que dialogasse com as quatro músicas do disco, e, dentre as ideias, essa nos trouxe vários significados. Símbolos que, na nossa concepção, estão conectados à nossa trajetória. Tem chão, sonho, resistência, beleza. Tem também contraponto e paradoxo, ideias que surgem da letra da música que dá título ao EP”, dizem.
O disco teve pré-produção da K2 e de Marcos Gauguin, gravação de Cássio Martin, mixagem de Bruno Buarque, masterização de Leonardo Nakabayashi, baixo e voz de Diego Ávila, bateria de Douglas Maiochi, guitarra e voz de Pedro Cezar, além da participação especial de Rafael Moreira no baixo e voz na faixa “Tem que ter amor (mas também tem que ter luta)”. A foto de capa é da Tamiris Alves e o projeto gráfico de Renan Moreira.
Sobre a banda K2
A K2, de Pedro Cezar, Diego Ávila e Douglas Maiochi, estreou há mais de vinte anos no cenário independente nacional, com Musik2 (2000), seguido pelos Kadois Locomotiva (2003), Ontem Acabou o Nosso Amor (Single – 2006), K2 (EP – 2009) e Brasileiro Alma Grande (2014), todos produzidos e lançados pela própria banda. Em 2020, a banda lançou Catequeses do Medo, single que participa da coletânea Carnavalhame, um tributo a Marcelo Yuka, do grupo O Rappa.
O novo trabalho é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura de Poços de Caldas e tem patrocínio da Ouromix. A produção do EP contou com o apoio institucional da Secretaria Municipal de Cultura e da Prefeitura de Poços de Caldas, e patrocínio da Ouro Mix – Concreto Usinado. Para ouvir: bandak2.com.br e nas principais plataformas de streaming. As novidades da banda podem ser acompanhadas nas redes sociais: @bandak2
Foto: Ivan Grossi