A população de Poços de Caldas acordou mais triste nesta quarta-feira, 6, com a notícia da morte de Sérgio Alvisi, o Lira, como era conhecido, aos 90 anos. Farmacêutico, radialista e músico, Lira era uma figura conhecida por grande parte dos moradores de Poços desde muito tempo, quando ainda atuava na Farmácia Rosário, pelas transmissões de jogos da Caldense, pelos bailes aos domingos de manhã na Fonte Leãozinho e também pela Banda do Lira, interpretando clássicos das marchinhas para os amantes dos velhos carnavais.
Ao longo do dia foram surgindo manifestações de pesar de amigos e parentes, além de admiradores e instituições, demonstrando a importância de Lira para a história da cultura, da música e do esporte de Poços de Caldas.
A Caldense postou em seu site oficial e redes sociais um manifesto em que “lamenta profundamente o falecimento de Sérgio Lira, que prestou serviços ao clube em diferentes áreas ao longo dos anos. Atuou como massagista da equipe, diretor esportivo, conselheiro, árbitro e marcou época no rádio, na cobertura dos jogos alviverdes ao lado do irmão, o locutor Lázaro Walter Alvisi.
O clube lembrou ainda que em 2013 Sérgio Lira foi homenageado com o título de sócio honorário da Veterana. “A minha história com o clube começou em 1953 quando ajudei na construção da sede social. Depois disso fui massagista, diretor e conselheiro, além de torcedor fanático da Veterana. Tenho muito orgulho de fazer parte da história deste clube e sou muito grato pela Caldense fazer parte da minha vida” disse Lira na ocasião.
A prefeitura local decretou luto oficial de 3 dias em reconhecimento à importância de Sérgio Alvisi, que dedicou sua vida à música e à cultura locais. No comunicado, o executivo local afirmou que “a decisão foi tomada considerando a significativa contribuição de Sérgio Alvisi para o enriquecimento do cenário artístico e cultural da região. Por meio de seu Conjunto Regional, Lira deixou um legado musical que não só inspirou, mas também trouxe alegria aos munícipes e turistas que tiveram o privilégio de apreciar suas apresentações.
O carisma de Sérgio Alvisi não era apenas sua marca registrada, mas uma verdadeira fonte de vida que estimulou sentimentos que permanecerão eternizados na memória dos amantes da boa música. Seu trabalho foi reconhecido também em vida, com honrarias como a Comenda Dom Pedro II, o Projeto Ícones e o livro intitulado “Sérgio Alvisi e os Velhinhos da Santa Ceia”, do escritor e jornalista Odair Camilo.
A cidade, que perde um de seus grandes expoentes culturais, expressa seu pesar e reconhecimento pela trajetória marcante de Sérgio Alvisi. O decreto de luto oficial é uma maneira de prestar as devidas homenagens a esse homem cujo legado transcendeu as fronteiras da música, deixando uma marca indelével na história do município”.
O enterro está marcado para esta quinta-feira, 7, às 9h, no Cemitério da Saudade.
