O verão começa no dia 21 de dezembro, período de férias e que muita gente aproveita para descansar, curtir uma piscina ou viajar para a praia. O que não pode ficar de fora neste momento é o protetor solar.
A dermatologista cooperada da Unimed Poços, Priscila Pacheco Lessa alerta sobre os cuidados necessários durante o período. “Com o calor, a maioria das pessoas acabam abusando um pouquinho. Mas é importante evitar a exposição solar entre 9h e 15h, procurar sombra, passar protetor solar diariamente e, se possível, utilizar chapéu” orienta.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza anualmente a campanha Dezembro Laranja, promovendo a conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, orientando a população a manter hábitos adequados de proteção solar.
O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
“Existem diversos fatores de risco, desde a predisposição genética – como peles claras, que se queimam facilmente -, raios ultravioletas, exposição solar prolongada, até mesmo dano cumulativo, quando há grande número de queimaduras durante a infância” explica a dermatologista.
Sintomas
“Não espere até sentir na pele”: esta é a mensagem central da campanha do Dezembro Laranja 2022. Conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. É importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
- Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
- Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
- Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Prevenção
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos. “Para quem trabalha com exposição solar é fundamental o uso de EPI, protetor solar, camiseta de manga cumprida – de preferência com proteção UV -, chapéu de aba larga e óculos de sol”, finaliza Priscila.