Filme é lançado em momento no qual pesquisa aponta que 17 milhões de mulheres sofreram violência no último ano
Com um desfecho inesperado e uma construção de direção, atuação, produção, fotografia e roteiro elogiados, a Alterea Filmes lança o filme Bloody Mary abordando a discussão sobre o feminicídio e a impunidade de crimes contra mulheres no país. A temática, extremamente oportuna e relevante, traz à tona a urgência de debates sobre violência de gênero que, de acordo com o que aponta o estudo “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil” aumentou em ambientes domésticos de forma preocupante durante a pandemia.
Segundo o diretor, Bruno Benetti, a produção pretende desnudar a questão, promovendo debates. “Acreditamos no potencial social da arte e, neste sentido, o cinema tem sido de absoluta relevância para expor discussões necessárias, promovendo mudanças que são urgentes”, informou Benetti.
O lançamento do filme Bloody Mary ocorre ao mesmo tempo em que estudos apontam que a pandemia do novo coronavírus se refletiu em aumento dos índices de violência em ambientes domésticos. Isso é o que revela a Agência Câmara de Notícias ao divulgar dados de um estudo recente sobre a mudança no perfil da violência contra as mulheres, que, desde a pandemia, diminui nas ruas e aumentou dentro de casa.
De acordo com a pesquisa – encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto ao Instituto Datafolha e com apoio da empresa Uber – 24,4% das mulheres acima de 16 anos (uma em cada quatro), afirmam ter sofrido algum tipo de violência ou agressão nos últimos 12 meses, durante a pandemia de Covid-19. Isso significa dizer que cerca de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano.
Ainda segundo o estudo, 46,7% das mulheres que sofreram violência também perderam o emprego e a falta de recursos financeiros foi apontada como um dos fatores para que a mulher não conseguisse escapar do ciclo de violência.
O relatório também aponta que 4,3 milhões de mulheres (6,3%) foram agredidas fisicamente com tapas, socos ou chutes. Ou seja, a cada minuto, 8 mulheres apanharam no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus.
BOODY MARY
Diante desse cenário alarmante, o filme Bloody Mary apresenta os personagens Antunes e Mary, vivenciados pelos atores Euler Santi e Leidy Nara.
No enredo, depois de terminar seus estudos no exterior, Mary volta para sua cidade natal a fim de resolver assuntos de família. Sem saber por quanto tempo vai ficar e precisando trabalhar, ela consegue um emprego de bargirl e, em uma noite enquanto trabalha, encontra Antunis, um homem bem sucedido e charmoso, mas com um passado sombrio.
O filme está disponível através da plataforma Poços Curte em Casa, com realização através da Secretaria Municipal de Cultura de Poços de Caldas, e pode ser acessado também em https://youtu.be/3zRq3l9SHZM
O projeto conta com produção de Wanessa Brasil e Bruno Benetti, direção de Bruno Benetti, direção de fotografia de João Guilherme, roteiro de Marcelo Louzada, trilha sonora de Ivan Trevisan, assessoria de imprensa e comunicação de Jesuane Salvador, direção de elenco de Euler Santi, e figurinos de Zi Marcon.