sexta-feira, novembro 22, 2024
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Câmara discute o tema Saúde da Mulher durante audiência pública

A Câmara de vereadores de Poços realizou, no Mês da da Mulher Trabalhadora, uma audiência pública com o tema Saúde da Mulher. O debate contou com a participação da assistente social Patrícia Carla Pereira, representando a Secretaria Municipal de Saúde, da delegada regional da Polícia Civil Dra. Maria Cecília Gomes Flora, da responsável técnica pelo Centro de Atendimento Especializado à Mulher Lucimara Siqueira Papi, da médica ginecologista Dra. Ângela Borges de Carvalho, da psicóloga Paolla Magioni Santini e da psicóloga e presidente do GAAPO (Grupo de Apoio e Assistente ao Paciente Oncológico) Cláudia Rocha.

A vereadora Regina Cioffi (PP), autora da proposta do encontro. comentou alguns pontos importantes abordados. “A audiência agregou muito conhecimento sobre a saúde integral da mulher, até mesmo a saúde espiritual. Com relação à saúde física, a Dra. Ângela falou muito da gravidez indesejada, isso é muito importante, nós debatemos ali a gravidez na adolescência e a necessidade de informações, de orientações tanto dentro de casa, como nas escolas. É preciso falar sobre a educação sexual, sem essa questão de gênero, mas sim a respeito dos métodos contraceptivos, sobre a volta da sífilis, que foi erradicada há muitos anos, hoje está aí como doença sexualmente transmissível”, ressaltou.

Ainda sobre a violência doméstica, a delegada Dra. Maria Cecília fez algumas pontuações sobre o tema. “Eu trouxe alguns dados, acho que é importante a gente começar a pensar nessa pauta por uma outra perspectiva, porque isso é uma das coisas que causa bastante preocupação para a gente, enquanto órgão de segurança, pois a violência doméstica vai impactar diretamente e, principalmente, mas não só isso, à saúde mental da mulher. A gente tem dados estatísticos demonstrando, pelo último anuário de segurança pública, que nunca os índices, por exemplo, de estupro no Brasil foram tão altos. Então, são questões que a gente precisa trazer para a discussão também. A Organização Mundial de Saúde já define a violência doméstica como um problema de saúde pública, então, hoje, tem esse controle feito, uma vigilância epidemiológica com notificação compulsória dos casos de violência e, além disso, a gente tem que entender que essa violência doméstica vai gerar um custo social e econômico muito alto”, afirmou.

Para Regina, buscar apoio psicológico para as mulheres vítimas de violência foi um dos principais encaminhamentos. “Todo mundo esquece disso, pensam na questão judicial. Mas, e o acolhimento? É preciso cuidar dessas mulheres que ficam doentes por violência doméstica, psicológica e patrimonial. Além disso, pude expor, também, questões que envolvem a saúde mental. A mulher, diferente do homem, passa por várias etapas durante seu ciclo de vida. Depois da pandemia a gente tem estatísticas mostrando que as mulheres ficaram mais propensas à depressão e ao transtorno generalizado da ansiedade. É preciso também pensar em políticas públicas nesse sentido”, disse.

Patrícia Carla Pereira falou sobre as ações desenvolvidas, atualmente, no município e abordou, ainda, o trabalho do Centro de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança. “A gente já trabalha com a mulher a partir da proteção básica, que são os PSF’s, porta de entrada onde a mulher é atendida. No PSF, ela vai poder dar seguimento às necessidades que ela tiver e essa proteção básica vai encaminhar para uma área mais especializada. O Centro de Saúde Integral da Mulher e da Criança abarca, também, a criança e o adolescente, mulheres em situação de risco, situação de pré-natal, temos pediatras e ginecologistas. Nós temos vários procedimentos que já são ofertados, a gente conta com 23 tipos de atendimentos e eu acredito que em torno de 23 tipos de exames somente voltados para a mulher. Além disso, a gente planeja centralizar as ações voltadas para a mulher no Centro da Mulher, porque, hoje, a gente faz atendimento também ambulatorial no Hospital da Zona Leste, nós fazemos no Hospital Margarita Morales, na zona oeste também tem uma unidade grande, tripla, que é do Vilas Unidas”.

Os vereadores presentes na audiência falaram sobre o tema, destacando a importância de trazer para debate as demandas atuais das mulheres, tanto com relação à saúde física, como também à mental. Alguns questionamentos também foram feitos, em especial com relação a serviços de saúde ofertados às mulheres. O vídeo da audiência, com todas as apresentações feitas, está disponível no YouTube da Câmara.

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