A Alcoa Poços de Caldas apresentou na última sexta-feira, 18, a instalação da tecnologia de Filtro Prensa para resíduos de bauxita no Brasil, aproveitando ainda mais a tecnologia que a Alcoa utilizou pela primeira vez na Austrália, um investimento de R$ 330 milhões na planta de Poços. O evento contou com a presença de autoridades locais e estaduais, da liderança da Alcoa Brasil e da imprensa. Na véspera, o evento foi direcionado aos colaboradores diretos e indiretos da operação.
“Estamos muito orgulhosos de nossa equipe visão e do trabalho feito para alcançar nossa corporativa de reinventar a indústria do alumínio para um futuro mais sustentável”, disse Fabio Martins, diretor de Operações da Fábrica de Poços.
“Ao implementarmos essa tecnologia, estamos marcando uma nova era de inovação e sustentabilidade para a Alcoa no Brasil. Além da inovação no processo, a instalação do filtro prensa reduzirá as emissões de carbono, devido ao menor uso da área de resíduos, menor acúmulo de água e, consequentemente, menor consumo de energia no processo”, explicou.
O filtro prensa é o primeiro da Alcoa no Brasil, permitindo que as instalações usem menos água para processar o resíduo e menos área para armazená-lo.
A Alcoa implementou a primeira tecnologia para o tratamento de resíduos de bauxita nas refinarias de Pinjarra e Kwinana, na Austrália Ocidental. Essas duas refinarias têm a capacidade de reduzir seu uso de água em um total de 2,2 gigalitros (581 milhões de galões), uma quantidade de água equivalente para encher 880 piscinas olímpicas.
O Filtro Prensa processa o resíduo, que é composto principalmente de lama vermelha. O resíduo é bombeado para o filtro, onde as placas o compactam, removendo aproximadamente 70% da umidade.
A água recuperada é então devolvida ao processo de produção da refinaria através de um circuito fechado. O resíduo que permanece tem um teor de umidade semelhante ao do solo, que é então transportado por caminhões para uma nova área de descarte a seco para posterior compactação.
Globalmente, a implantação dessa inovação conecta-se à meta estratégica de longo prazo da Alcoa de reduzir suas áreas de processamento de resíduos de bauxita em 15% até 2030, em relação a 2015. Esperam-se melhorias adicionais com a produção solar aprimorada e a adaptação das tecnologias de filtragem de resíduos.
A construção da instalação do filtro prensa no Brasil começou no final de 2021. Hoje, todo o resíduo de bauxita da refinaria está sendo processado através do sistema de filtro prensa para produzir resíduos secos. A equipe trabalhou mais de 800.000 horas durante todo o
período do projeto sem um incidente de segurança.
A obra durou cerca de 15 meses e gerou, no período de pico, mais de 500 empregos indiretos. Outros 20 profissionais foram contratados para trabalhar diretamente na operação do Filtro Prensa.
A redução do resíduo de bauxita também é uma das várias melhorias de processo que a Alcoa está desenvolvendo para seu projeto Refinaria do Futuro, que busca a descarbonização em escala e entrega uma refinaria competitiva e que pode eliminar os combustíveis fósseis do processo de refino e outros melhorias operacionais.
Poços de Caldas, a primeira operação da Alcoa no Brasil, foi colocada em operação em 1965. As operações incluem operações de mineração, refinaria, química, refusão e
pó de alumínio – a única do sistema Alcoa no mundo.
Com a entrada em operação do Filtro Prensa, as áreas de disposição de resíduos líquidos, que ainda estavam em operação, serão reabilitadas. “Elas continuarão a ser monitoradas de forma perene, visando a manutenção da segurança e estabilidade das áreas”, completa Fábio Martins. O próximo passo da companhia é pesquisar uma forma de utilização do resíduo, fechando o ciclo desde a mineração à disposição final do material utilizado.