O Instituto Benetti e a Alterea Filmes lançam, no próximo domingo, 6, às 17h, em exibição especial no Palace Casino, o filme “Para sempre Poços”. Em fusão narrativa entre a ficção e o documentário, o filme promete apresentar, de forma singular e inovadora, temas que fazem parte da história da cidade.
O enredo se desenvolve a partir de uma conversa informal entre duas mulheres, em uma mesa de café, enquanto degustam quitutes regionais e conversam sobre a cultura, paisagens e memória local. O filme será apresentado na comemoração do 150º aniversário da cidade e trará ao público um panorama historial e contemporâneo desta importante cidade do Sul de Minas, revelando passagens marcantes da reconhecida cidade das águas. A entrada é gratuita.
Segundo o produtor e realizador do projeto, Bruno Benetti, o filme surgiu a partir da necessidade de se produzir um material de qualidade audiovisual de forma a enaltecer a história da cidade e também em comemoração à relevância deste momento.
“Este é um marco histórico muito importante para todos nós, então, entendemos que era a hora da gente produzir um documentário com alta qualidade sobre Poços e em um padrão que se compara às produções da Netflix, Amazon e outras grandes produtoras brasileiras, o que coloca nosso filme em um nível muito interessante, tanto para o público quanto para nossa cidade. O filme traz uma abordagem diferente, mais jovem, e a gente consegue trabalhar essa visão quando trazemos elementos da ficção. Nós reproduzimos determinadas épocas interessantes a todos, como a dos cassinos, e curiosidades como o fato de a cidade ter sido destino famoso a casais em lua de mel, sobre as águas, as congadas, a origem vulcânica, a arquitetura e toda essa riqueza traz um valor à produção muito grande”, disse Benetti.
Para Sempre Poços de Caldas é produzido por Bruno Benetti, dirigido por Marcelo Leme, com a produtora Alterea Filmes e Co-produção Feeling Good Films, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais com o patrocínio Departamento Municipal de Eletricidade (DME), Secretaria de Cultura de Poços de Caldas, Gestão Cultural Lavanda Cultural. Realização Governo de Minas Gerais – Governo Diferente Estado Eficiente.
O roteiro foi desenvolvido por Marcelo Leme, que também é o diretor do projeto e respondeu a algumas perguntas sobre o que o público pode esperar dessa nova produção.
Confira a entrevista com o diretor, Marcelo Leme:
1) Como surgiu a ideia do projeto?
Estamos trabalhando com cinema há alguns anos em Poços. Nós amamos Poços e não poderíamos deixar isso passar. O projeto surgiu da ideia de querer homenagear algo que todos nós envolvidos com o filme amamos.
2) Trata-se de um filme que mescla as linguagens do documentário e da ficção? Como foi unir esses dois universos?
Muito legal essa pergunta. De fato ele une isso, mas não é um documentário, é um documento, uma singela homenagem. Unir estes universos foi difícil, pois tínhamos de entender sobre alguns signos, sobre características locais condizentes à narrativa e o quanto isto faria sentido filmado. No final, acho que funcionou bem.
3) Fale um pouco do roteiro e atores.
Nós precisávamos de duas grandes atrizes que pudessem segurar o filme. Nós conseguimos elas. Duas grandes atrizes de Poços. Elas precisavam tomar um café, conversar sobre a cidade e manter um ritmo típico de uma conversa de café. Rolou! É aí que o roteiro se debruçou, nesse papo, nessa dinâmica e, entre assunto e outro, nossos convidados oferecendo informações valiosas que muito acrescentaram ao filme.
4) Filmes acabam se tornando documentos para a posteridade. Neste processo de levantamento de dados sobre os 150 anos de Poços, que pontos são trazidos historicamente?
Não nos aprofundamos em assunto algum. Creio que esta não era a proposta. Nós mencionamos e destacamos alguns pontos que julgamos importantes. Tivemos de abandonar tantos outros por falta de tempo. Seria um longa, mas tornou-se um curta, uma curta conversa em um café num curta-metragem. O que queríamos mesmo é fazer uma homenagem, exaltar a cidade e trazer ao público algumas memórias que fizeram de Poços esta cidade tão importante.
5) Como foi dirigir esse projeto?
Foi angustiante, pois estava falando mesmo de algo que realmente gosto. Então, dar um caminho a isso, tentando imaginar que o espectador acompanhasse foi a grande dificuldade, pois dessa vez tentei me colocar no lugar do outro devido a finalidade da proposta. Foi realmente difícil, mas a competência de toda equipe me ajudou muito, a fazer tudo ser mais leve.
6) Por que as pessoas devem ir assistir?
Porque também fala delas… é a história de onde elas vivem e seria muito legal saber o que estas acharam.
7) Você espera que esse trabalho se torne uma referência para quem for produzir algo sobre a cidade daqui a outros 150 anos?
Em certo ponto, sim. Seu formato é diferenciado, então nesse sentido, que inspire pessoas a criarem, a serem autorais. Poços é tão surpreendente que pode facilmente inspirar pessoas a fazerem coisas absolutamente singulares.